quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011


Iniciar uma faculdade.

A primeira aula da aquele friozinho na barriga e você fica rezando pra conhecer alguém da sua sala. Fica ansioso pra conhecer os professores, as matérias, onde vai se dar bem, onde não...

E logo de cara você chega na sala, ninguém conhecido. Parece impossível mas é o que acontece. Senta num lugar de fácil acesso, perto o suficiente pra enxergar a lousa, longe o suficiente pra não ser enxergado pelo corpo docente. Puxa aquele caderninho surrado e fica de olho na porta, ainda na esperança de chegar alguém conhecido.

Acaba puxando papo com quem ta sentado mais perto, mas tem a impressão de quem ta fazendo amizade com a pessoa errada.

Lembra das promessas que fez a si mesmo:

-não fazer amizade com quem senta no fundo.

-não falar muito durante a aula.

-se empenhar, estudar e se dar bem.

-chegar cedo, evitar faltar e nunca sair antes do horário.

-anotar tudo o que os professores dizem, manter seu caderno em ordem, não emprestar material pra ninguém.

(...)


Já na primeira semana você acaba se entrosando, quase sem querer com aqueles que não querem nada com nada. Eles já começam a guardar um lugar pra você sentar no fundo e logo você vai estar saindo da sala pra fumar um cigarro no meio da aula.

Os trabalhos vão ser feitos sempre as pressas, os intervalos sempre vão ser no bar e durar mais do que o estipulado pela universidade, você não vai abrir o caderno em casa pra estudar e nunca vai lembrar de ler aquele artigo importante pra se preparar pra aula.


Suas primeiras chances de pegar DP se aproximam com velocidade, e mesmo sabendo que está pendurado vai sempre ter uma boa desculpa pra se dar pra não estudar. Vai continuar indo pro bar, mas agora com a frase feita na ponta da língua: "carai, tal matéria ta foda, tal professor é foda, ta tudo foda"


Daí pra frente eu não sei, meu caminho mais longo em uma faculdade durou apenas um ano.

Mas estou engressando numa nova facul, um novo ramo que me promete um futuro promissor e, com apenas uma semana de aula já estou sentada no fundo!


É tenso, mas tente não se indentificar com isso!!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011


Ela é engraçada, completamente louca, apaixonada por vodka e homens loiros, faz piada com a desgraça alheia, com a própria desgraça, com a própria mãe. Mas num deixa que ngm fale da Dona Nádia! Ela pode ser um homem forte numa briga, pode ser o ponto de equilíbrio numa galera bêbada, pode ser uma nadadora de nado sincronizado numa piscina de mil litros, pode ser a motorista que vem buscar a gente pro role, pode ser a chorona que... essa parte eu num vou contar não, senão ela vai ficar brava. Pode ser a mãe que aconselha, a irmã que acompanha (desde os roles mais irados aos mais miados, aos mais insanos), ou a filha que leva bronca com um sorriso escondido no canto da boca com um ar de : "vou te desobedecer assim que você virar as costas, mesmo sabendo que você tem razão". Pode ser a diarista que faxina a casa tomando cerveja e ouvindo Charlie Brown, pode ser a tia que faz tudo pelo sobrinho, pode ser criança na frente de um Wii ou de um tabuleiro de Banco Imobiliário, pode ser a funcionária responsável que sai do role pra apagar um incêndio no trampo, pode ser a estudante relapsa que bola aula pra ficar no bar do Daniel. Pode ser sua melhor companhia numa viajem, e seu pior pesadelo numa TPM.


Pode ser, não, É!


Uma Verônica de mil faces, e grande parte delas só eu conheci.

Faz uma falta tremenda no meu dia-a-dia.


Rude, grosseira, usa essa máscara pra que ngm veja o ser humano sensível e incrível que ela é. Uma fuga da realidade, talvez, mas ainda sim, com toda a sua arrogância conquistou muita gente. Gente essa que pergunta hoje pelos bares da vida:

-E a Verônica, hein? Alguém tem notícias dela?

E é engraçado como as pessoas me olham como se eu tivesse obrigação de saber como ela está. E eu acho que tenho. Afinal, se ela não for a melhor, é de fato uma das melhores amigas que eu tenho.


E hj que é aniversário do Batata, e que vamos comemorar num bar perto da casa dela pensei comigo que, se ela estivesse por aqui eu ía tomar um porre e dormir na casa dela, como tantas vezes, e la comemoraría por eu estar de "saidinha".


To com saudade dos detalhes, como jogar conversa fora fazendo as unhas, como ligar pra contar um babado quente, ou sair durante a semana só pra dar um role de moto, como passar na casa dela qndo to entediada, como marcar idas pra Branca, mesmo qse nunca dando certo, dos programas de índio como ir ao banco ou comprar um sapato, e até de discutir na frente do caixa do McDonald's qm paga o refrigerante dessa vez.


Ela vai dizer que é uma homenagem meio gay, mas eu sei que vai se emocionar.


Volta logo, Vec, ta fazendo falta no meu role!