domingo, 28 de fevereiro de 2010


Engraçado como hoje em dia não existe só "pessoa física" e "pessoa jurídica". Existe também o "pessoa-internauta".
Nos tornamos links.
Tipo, "eu tenho um amigo no Twitter, o nome dele é @_mestre_".

E o orkut? Você já viu algum sofredor no orkut? Todos são bem de vida, vão as melhores festas, tiram as melhores fotos... Todos os solteiros são solteiros por opção, todos os que namoram tem a melhor vida a dois, nunca brigam, todos são invejados... Porque ninguém tem uma foto de um enterro, ou nunca diz que a festa de uma determinada foto do álbum foi horrível?

E no msn? Todo mundo agora tem nick colorido. Digamos que no mundo real nos somos distinguidos por etnia, no msn por itálicos, negritos e degradês.

É como se a internet fosse uma vida paralela. Um segundo plano que está prestes a se tornar o primeiro. Eu tenho um monte de amigos com os quais converso todo dia, mas não me lembro da última vez que os vi.
É como se, quando o cara tá on, ele ta vivo. Quando ta off, ta morto. E "aparecer offline"? Tá em coma?
Sem contar as mentiras... Sempre tem alguém que põe de subnick que está ocupado pois está lendo um bom livro, quando na verdade está em um "porntube" da vida. E o ausente? Ele nunca ta ausente de verdade! Quantas pessoas não conversam com você quando estão "ausentes"? Eu sinto como se estivesse rolando uma transmissão de pensamento!
Sem falar nos clichês que são os nick's... "A sua inveja é o meu orgulho", "Feliz demais", "Eu amo o Josecleisson", "Aderbal, quando entrar, treme"... Aliás, o que esse nick quer dizer exatamente? "provoque um terremoto ao logar-se se quiser falar comigo"?

E tem também o meu amado Twitter. Onde todo mundo adora postar coisas engraçadas, zuar os amiguinhos... Amiguinhos esse que não tem nome, tem link!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010


Vai chover de novo
Deu na TV que o povo já se cansou de tanto o céu desabar
E pede a um santo daqui que reze a ajuda de Deus
Mas nada pode fazer se a chuva quer é trazer você pra mim
Vem cá, que ta me dando uma vontade de chorar
Não faz assim, não vá pra lá
Meu coração vai se entregar a tempestade...


QUEM É VOCÊ PRA ME CHAMAR AQUI SE NADA ACONTECEU?
ME DIZ...
FOI SÓ AMOR OU MEDO DE FICAR SOZINHO OUTRA VEZ?
CADÊ AQUELA OUTRA MULHER?
VOCÊ ME PARECIA TÃO BEM
A CHUVA JÁ PASSOU POR AQUI
EU MESMA QUE CUIDEI DE SECAR
QUEM FOI QUE TE ENSINOU A REZAR?
QUE SANTO VAI BRIGAR POR VOCÊ?
QUE POVO APROVA O QUE VOCÊ FEZ?
DEVOLVE AQUELA MINHA TV QUE EU VOU DE VEZ
NÃO HÁ PORQUE CHORAR POR UM AMOR QUE JÁ MORREU
DEIXA PRA LÁ, EU VOU, ADEUS!
MEU CORAÇÃO JÁ SE CANSOU DE FALSIDADE!


Santa Chuva, Marcelo Camelo.

Acho que a música por si só já manda o recado. E por mais que ele leia esse post e se indigne, farei minhas as palavras do grande mestre:

-A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar!

Adeus!



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010


Meu caro amigo me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita.

Aqui na Terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero lhe dizer é que a coisa aqui ta preta

Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando, e também sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão.

Meu caro amigo não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que ão posso me furtar
A lhe contar as novidades

Aqui na Terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero lhe dizer é que a coisa aqui ta preta

É pirueta pra cavar o ganha pão
Que a gente vai cavando só de birra, só de sarro
E a gente vai fumando, que também sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão.

Meu caro amigo, eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa

Aqui na Terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero lhe dizer é que a coisa aqui ta preta

Muita careta pra engolir a transação
E a gente ta engolindo cada sapo no caminho
E a gente vai se amando, que, também sem um carinho
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever
Mas o correio andou arisco
Se me permitem, vou tentar lhe remeter
Notícias frescas nesse disco

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar lembranças
A todo o pessoal
Adeus

Meu caro Amigo, Chico Buarque / Francis Hime





sábado, 20 de fevereiro de 2010


Eu gosto de role em que eu rio!
Rio mais que platéia de stand up! Rio mais que criança no show do Bozo, mais que ADULTO no show do Bozo!

E tem sido assim sempre!
Acho digno!

Mas teve um role aí dia desses que num foi muiiito assim.
Vou tentar explicar:
- Quando você larga um vício, seja ele qual for, e consegue passar firme pelas crises de abstinência, só você sabe o quanto isso foi duro. Por vezes essa droga que te viciou aparece na sua vida, e por mais difícil que seja você sabe que tem que negá-la, ir contra a sua vontade, a menos que queira passar por todo aquele sofrimento de novo. Afinal, as drogas te tão um prazer momentâneo, mas tenha certeza de que não é um bom investimento a longo prazo. E, uma vez que você já conseguiu parar, não vai fazer a burrada de voltar a usar. Certo? É, eu acho que sim...

E quem acompanha essa bagaça sabe bem de que droga eu tô falando... É, não é aquele tipo de droga que você compra na boca de fumo. Não é, tipo, qual a droga, e sim, QUEM a droga.
Recebi um sms perturbador, já tinha tomado umas e outras... Enfim, acordei com uma ressaca moral tamanha que tive vergonha de me olhar no espelho. E agora as crises de abstinência voltaram, mesmo não tendo eu usado a bendita droga!

Alguém aí é capaz de me dizer o que fazer?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010


Hoje ainda é 10 de fevereiro e eu já fiz mais coisas do que fiz em 2009 inteiro!
Já ri, já chorei, já amei e me senti amada de verdade, já peguei muita praia, viajei, briguei, fiz as pazes...

Já me livrei de mágoas passadas, vi gente que eu num via há anos, marquei e compareci a roles insanos, beijei muuuito na boca...

Já tomei vários porres, peguei baladinha, chorei ouvindo musicas de amor, amei ouvindo um choro, e choro que eu digo é estilo musical, que fique claro!

Cara, já fiz tanta coisa que nem lembro...
E o stand up? Foi inééédito!
Jose Cuervo?
Demaaaaaaaais!

Risadas aos litros!

E me encontro agora em uma sinuca de bico que não sei bem como vou sair.
Envolve uma amizade de anos, um role que eu amo, e tomar um partido em uma guerra.
Mas eu vou dar um jeito

E to sentindo uma saudaaaade
Saudade daquela minha parte que não tinha, agora tem mas ta tão longe...

Mas logo em breve chega, ah, se chega!

s2!

Perfumei o corredor, defumei o elevador, pra tirar de vez o mau olhado
A saudade me esquentou, consertei o ventilador pro teu corpo não ficar suado
Nessa onda de calor eu até peguei uma cor
To com o corpo todo bronzeado
Seja do jeito que for, eu te juro meu amor
Se quiser voltar ta perdoado

Fui a pé a Salvador, de joelho ao Redentor, pra ver nosso amor abençoado
Nosso lar se esquentou, a esperança germinou
Ah, tem muita flor pra todo lado
Pra curar a minha dor, procurei um bom doutor
Me mandou beijar seu beijo mais molhado
Se do jeito que for, eu te juro meu amor
Se quiser voltar ta perdoado

E se voltar te dou café, preliminar com cafuné
Pra deixar teu dia mais gostoso
Pode almoçar o que quiser e repetir, te dou colher
Faz daquele jeito carinhoso

Deixa pintar o entardecer e o sol brincar de se esconder
Tarde, chuva eu fico mais fogosa
E vai ficando pro jantar, tu vai ver só, pode esperar
Que a noite será maravilhosa

Mª Rita, Ta Perdoado











domingo, 7 de fevereiro de 2010


A vida sem freio me leva, me arrasta, me cega
No momento em que eu queria ver
O segundo que antecede o beijo
A palavra que destrói o amor
Quando tudo ainda estava inteiro
No instante em que desmoronou

Palavras duras em voz de veludo
E tudo muda, adeus velho mundo
Há um segundo tudo estava em paz

Cuide bem do seu amor
Seja quem for

E cada segundo, cada momento, cada instante
É quase eterno, passa devagar
Se o seu mundo for o mundo inteiro
Sua vida, seu amor, seu lar
Cuide de tudo que for verdadeiro
Deixe tudo que não for, passar...

Cuide bem do seu amor
Seja quem for

Cuide bem do seu amor
Paralamas do Sucesso.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010


Esse verão tem me feito esquecer todas as minhas dores
Meus amores mal resolvidos, meu stress do trabalho
Tem me dado vontade de dançar e só!

Esse verão tem me feito tão bem
Que nem o calor de 30 graus as 10 da noite me irrita
Que nem mesmo hipocrisia me irrita
Nem mesmo o estouro no limite do cartão

Ah o verão
É sempre nele em que as coisas acontecem!
E porque?

Você revê velhas amizades, ouve velhas musicas, aprende as novas...
Faz coisas novas, coisas velhas que tem gosto de novas, vai a lugares novos, e aos velhos com pessoas novas...

Vai as melhores festas, as melhores baladas, toma os melhores porres...

Ah, o verão...
Esse verão tem me feito tão bem que nem sei...
Não consigo me lembrar se os outros fizeram tanto assim por mim
Obviamente não menosprezando aos outros, que foram excelentes
Mas, sei lá, esse ta com um gostinho diferente
Ta com aquele gostinho de banho de chuva
Ta com aquele gostinho de goiabada com queijo
Ta com aquele gostinho que só aquela lágrima que você libera num acesso de melancolia que te lava a alma tem.
Falando nisso...






Eu chorando com essa cara toda amassada
Com esse olho em carne viva, retalhada
E esse nariz que não pára de escorrer

Eu chorando tão previsível quanto areia no deserto
Mais patético, sem ninguém por perto
Tão imenso que não da mais pra conter

Então sai, deixa correr toda a água contida
Toda mágoa velada é água parada e uma hora transborda

Você pode não entender se as vezes fico pelos cantos
Um pouco quieta, recolhida, mergulhada no meu pranto
É que ele me liberta na hora
No momento em que eu boto pra fora
O que já não me serve vai embora
E assim eu fico leve!

Pitty, Água Contida