terça-feira, 29 de junho de 2010

domingo, 27 de junho de 2010




Pra onde vai toda tampa de caneta
Todo recibo de estacionamento
Todo documento original
Isqueiro, caderneta
A camiseta com aquele sinal
Pra onde vai toda palheta
Pra onde foi todo o nosso carnaval

Pra onde vai todo abridor de lata
Toda carteira de habilitação
Recado não dado, centavo, cadeado
Todo guarda chuva pra fuga pro temporal
Pra onde vai o achado, perdido
Eu não sei, veja bem
Não me leve a mal

Pra onde vai todo outro pé de meia
Carteira, brinco, aparelho dental
Pra onde vai toda diadema, recibo, receita
E nosso enredo inicial
Pra onde vai toalha de acampamento
Presilha, grampo, batom de cacau
Elástico de cabelo, lapis, óculos, clips, lente de contato
A nossa má memória
A denúncia no jornal
Pra onde vai aliança, chaveiro, chave, chinelo e o controle pra trocar canal

Pra onde vai o solo que não foi escrito
Labareda nesse labirinto
Um estinto, reflexo sem seguro
O coro do socorro
Lançamento oficial
Pra onde vai a culpa da cópia
Pra onde foi a versão original

Pra onde vai a bala que se disparou
O indício do vício que disseminou
A busca do corpo por algo vital
A firmação do pulso
O discurso radical
O troco em moeda, a lição da queda
Pra onde foi nosso humor imoral

Pra onde vai todo o nosso desalento
Morre brisa, nasce vendaval
Pra onde vai a reza vencida pelo sono
Ela vale? Me fale, me de um sinal

São Longuinho
Me fale, me de um sinal

Pra onde foi o canhoto
O beijamim de tomada
Simpleza, prudência, clareza, concideração
Autenticidade, compaixão, certeza, o coro, o perdão
A urgência, carregador e bateria, o extrato, a ponta
A conta nova, a cola e a extensão
O estímulo, o exemplo, a voz dissonante
A coragem do meu coração?

O que se perde enquanto os olhos piscam, Fernando Anitelli.

segunda-feira, 21 de junho de 2010


Ela chega de mansinho com um sorriso no rosto. Beija todo mundo e senta no chão da sala. Começa a se aquecer fazendo graça, fazendo piada.
Quando levanta pra dançar seus olhos brilham. Se concentra e quando erra faz careta. Repara nas falhas dos outros, no tempo da música. Usa termos técnicos e sempre tem uma convicção de quem tem certeza do que está falando.
No intervalo, senta sozinha num canto. Acende um cigarro e divaga. Como se os problemas sempre deixados fora da sala, naquele momento voltassem a perturbar.
Terminando seu cigarro se levanta. Se sacode e passa as mãos nos cabelos tentando voltar para o clima bom que um dia de ensaio traz. Bate palmas chamando atenção e lembrando aos outros a que veio:
-Vamos trabalhar?
Entra na sala, se espreguiça na barra, estala o pescoço e liga o som. Dança até alcançar a exaustão.
Brinca e tira sarro, ri de tudo como se aquele fosse seu mundo e nada o pudesse invadir.
Ensaio chegando ao fim, insiste em passar mais uma vez. Desliga o som e se liga ao mundo. Calça seu tênis, acende um cigarro, que é seu portal para a realidade, e some na escuridão.

Uma tarde de ensaio

quinta-feira, 17 de junho de 2010


País em comoção. Ano de copa. O país do futebol, onde o sol nasce para todos mas só brilha para poucos se reúne em bares, ruas e lares para ver a seleção entrar em campo. As escolas fecham como se futebol fosse mais importante que problemas de física. Os bancos fecham como se o Kaká fosse mais importante que minha conta corrente. O comércio fecha quase que jogando na minha cara que eu não posso comprar uma calça jeans. Não naqueles noventa minutos.
Só quem não assiste ao jogo é garçom. Fica lá servindo as mesas, buscando as cervejas, os aperitivos... Coitado.
Em jogo da Argentina o peão da obra toma a mesma atitude que o empresário de sucesso. Torce contra. Se não puder parar para assistir e fazer aquela reza brava, liga seu radinho de pilha e vibra a cada passe errado, a cada gol marcado pelo time adversário.
E não é que a gente se pega torcendo pelo time mais fraco?! Claro, quando não é o nosso que ta jogando. Ou quando o time mais fraco é o dos nossos Hermanos.
Mas, por mais errado que pareça o país parar por futebol, eu adoro! Aquela emoção dos primeiros minutos de partida, os comentários com os amigos no intervalo, os 45 do segundo... A mulecadinha com camisas amarelas, bandeirinhas dançando nos vidros dos carros, nas janelas das casas, todo mundo uniformizado. Todos unidos por uma só paixão. A paixão nacional.
Não, eu não estou falando de bunda, estou falando de FUTEBOL!
E por mais descrente que eu esteja, quero mais é gritar esse hexa entalado na minha garganta e na garganta de 190 milhões de negos espalhados por esse meu Brasil varonil.
Boooooora, Brasil!


Foto com a galera casse de SP no guaru.



terça-feira, 8 de junho de 2010


Abre os teus armários, eu estou a te esperar
Para ver deitar o sol sobre os teus braços castos
Cobre a culpa vã
Até amanhã eu vou ficar e fazer do teu sorriso um abrigo

Canta que é no canto que eu vou chegar
Canta o teu encanto que é pra me encantar
Canta para mim qualquer coisa assim sobre você
Que explique a minha paz, tristeza nunca...

Mais vale o meu pranto que esse canto em solidão
Nessa espera o mundo gira em linhas tortas
Abre essa janela, primavera quer entrar
Pra fazer da nossa voz uma só nota...

Canto que é de canto que eu vou chegar
Canto e toco um canto que é pra te encantar
Canto para mim qualquer coisa assim sobre você
Que explique a minha paz, tristeza nunca mais.


Casa Pré-Fabricada, Marcelo Camelo.

segunda-feira, 7 de junho de 2010


Um brinde à segunda-feira!
Ao dia mais detestado da semana.
Dia em que alguns fanáticos por futebol vão trabalhar com camisas de seus times enquanto outros ficam mau humorados e são vítimas de piadinhas.
Dia que, se está calor reclamamos de ter que acordar cedo pra ir trabalhar, ao invés de ir pra praia, mas se ta frio reclamamos de sair de baixo das cobertas.
Dia em que passamos mais tempo cotando sobre nosso fim de semana para os colegas do que realmente trabalhando.
Dia de por a agenda em dia, de ler os emails, de atualizar o blooog...
Dia de sono, com certeza!
Dia em que começam as dietas, os exercícios, dia de negar uma cerveja no bar.
Dia de colocar o celular pra carregar, de descarregar a digital, de postar as fotos no orkut, de cobrar as fotos que a galera tirou.
Dia de se assustar pegando os comprovantes do cartão de débito, enfartar com os do cartão de crédito, abrir a carteira e pensar:
-Preciso passar no banco. Não tenho dinheiro nem pra comprar cigarros!
Dia de sair de casa ainda com cara de louco, com dor de estômago, com os olhos abertos só até a metade e com vontade de matar o cara que inventou a segunda feira!

Morram de inveja, mas segunda-feira é meu dia de folga
=D

Portanto, eu digo sim!
-UM BRINDE À SEGUNDA-FEIRA!!



domingo, 6 de junho de 2010


Valeu galera!
Fim de semana perfeitoso!
Conheci uma galera insana e muito firmeza, fui pra balaaaada, cantei no Moby, briguei, fiz as pazes, briguei de novo, dancei muiiito, encontrei a Maricota, dei risada aos litros como a tempos não dava... Sério, esse foi um fim de semana PHODA!

Valeu mesmo Mah, Thi, Ted, Paty, Pote, e, é claro, Fê paulista!!
Só faltou encontrar o meu pequeno. Mas pega nada
=]

Te falar que meu telefone voltou a receber ligações daquele número que me da arrepios, sabe?
Não, né?!
Mas também, deixa pra lá, nem quero falar disso hoje.

Ah, como pude me esquecer?!
Meu time se mantém na liderança!
E quem for no morro da Nova Cintra, agasalhe-se! Ta um frio da porra lá em cima.
E por hoje é só, ta muito frio pra eu ficar aqui escrevendo. Vou deitar e me cobrir, assistir TV e lembrar o quão fudido foi meu fim de semana...