terça-feira, 18 de agosto de 2009


Como uma droga que meu sistema sanguíneo corre, me vicia. Me intoxica, me faz mal, me faz perder o eixo, os sentidos, me causa um mal tão grande que perco a fé no ser humano, que desacredito na capacidade de ser feliz.
Entro em falta com o Bem Maior, com a minha família, com minha dança, com minha saúde. Até mesmo eu, que tenho como passatempo preferido dormir, perco o sono, “frito” de um lado para o outro da casa, de um lado para o outro da cama, até que o corpo entrega os pontos, o cansaço domina e então, desmaio.
Subitamente acordo de madrugada e tudo que tenho é uma caneta, um pedaço de papel, e horas a fio de insônia, até que alguém abre a porta do meu quarto e me oferece um copo de leite quente e um psicanalista.
Maconha queima teus neurônios, cocaína te esgota o metabolismo, crack te faz até bater na mãe. Mas não estou falando de nenhuma dessas drogas, eu to falando é do
amor.
E termino como comecei, como uma droga que meu sistema sanguíneo corre, me vicia, mas eu vou me desintoxicar, passar friamente pelas crises de abstinência e viver minha vida evitando essa droga, as pessoas que me influenciam, as que usam, e dando meu testemunho àqueles que pretendem se desintoxicar também.

18/08/09, 5:15 AM